domingo, 14 de julho de 2019

Meu roteiro de cinco dias em Noronha

Nesta postagem, vou descrever o que fiz em cinco dias em Noronha! 
Antes de qualquer questionamento, não tenho certeza de ter feito as melhores escolhas ou de ter aproveitado ao máximo o meu tempo. O que sei é que foram dias maravilhosos e que valeram muito a pena. 

1º dia: Cheguei à Ilha no voo de 15h45 (que chegou atrasado). Recomendo (acho que já falei em outra postagem) chegar mais cedo na Ilha. Como meu voo já chegou no final do dia, não quis correr o risco de perder o por-do-sol. Mostrei o comprovante do pagamento da taxa, passei pela catraca e segui correndo ao ponto de táxi. Entrei no táxi, pedi ao taxista para parar no ponto do ICMBIO (mas ele informou que teria que abrir outra corrida). Então, descartei na hora (ao invés de pagar R$ 23,00, eu iria pagar R$65). Cheguei ao hostel e a atendente foi me explicando todas as regras lentamente (eu já estava desesperada). Quando ela me liberou, corri para o banheiro, troquei de roupa, guardei as minhas coisas e fui encontrar um casal de amigos que estava no Forte de Nossa Senhora da Conceição para ver o por-do-sol. Lugar lindo e que vale a pena conhecer! Após o por-do-sol, pegamos um ônibus e corremos para o ICMBIO. Fizemos a carteirinha e já reservamos as nossas trilhas. Só não havia disponibilidade para a trilha de São José, que só pode ser feita a pé com maré baixa. Ao contrário, ela precisa ser feita nadando. Na semana em que eu estava em Noronha, só havia um horário com 16 vagas. Ou seja, deve ter se esgotado voando. Depois disso, voltamos para a Vila dos Remédios, compramos itens básicos (como água de 1,5L) no supermercado e voltamos cada um para a sua pousada. Mais tarde, encontrei meus amigos novamente para jantar. Eles pararam numa hamburgueria gourmet (sanduíches a R$38) e eu achei caro. Preferi uma coxinha com refrigerante do supermercado (R$20). Por fim, fomos ao samba (entrada R$30), que eles não quiseram entrar.

Forte de Nossa Senhora da Conceição

2° dia: Fizemos o Ilha tour (que eu já especifiquei em outro post). À noite, jantei no Tio João (quentinha a R$30) e seguimos para o forró do Bar do Cachorro (entrada R$ 20). 

                                                              Linda vistado Mirante do Sancho

3º dia: Pela manhã, fizemos o passeio de barco (na minha concepção, é um passeio que não vale a pena), comprei quentinha no Tio João (R$25,00 se for para levar) para o almoço e a agência me pegou à tarde para o Prancha Vip (um dos melhores passeios de Noronha). A lancha da Primeiríssima sai com 16 pessoas no máximo, que serão divididas em dois grupos para a atividade da prancha. Na prancha, você coloca sua máscara de snorkel e pode contemplar a vida marinha enquanto a lancha te puxa. É sensacional! Após esse momento, há um momento par banho e um churrasco de peixe para todos a bordo (incluso no preço), com pão, farofa e sobremesa (nego bom - doce típico da região). Por fim, todos contemplam um belíssimo por-do-sol. Ao voltar para o porto, a van da Primeiríssima leva todos de volta aos hotéis. Neste dia, à noite, meus amigos foram jantar no badalado Xica da Silva (desisti pelo tamanho da fila e pelo cardápio) e eu fui para o Flamboyant com uma amiga. o Flamboyant tem um dos melhores custos-benefícios da Ilha. O ruim de lá é o atendimento. Depois disso, fomos ao Muzenza, que tinha música ao vivo.

                                                             Passeio de Prancha Vip


4°dia: Às 11h, tínhamos o agendamento da trilha do Atalaia. Assim, ficamos com a manhã meio que perdida. Aproveitei para acordar mais tarde, pois o ritmo de acordar cedo para passeios + andar muito a pé + noitadas estava acabando comigo. Saí umas 10h20 para a parada e perdi o ônibus. Tive, então, que pegar um táxi para não perder o meu horário de saída para a trilha. Vale destacar que o ICMBIO é bem criterioso com os horários. Assim, faça tudo para não perder o horário A trilha (fiz a curta) é tranquila, com meia hora de ida + meia hora mergulhando + meia hora de volta. O visual é fantástico, mas confesso que fiquei agoniada com esse controle intenso de horários. Quase não tirei fotos desse dia. Após a trilha, fomos almoçar no Varanda, que fica bem perto da entrada da trilha. Lá no Varanda, escolhi o famoso prato de camarão para ganhar o pratinho de lembrança (falarei das opções gastronômicas mais para frente). Depois do almoço, segui sozinha (de ônibus) para a Praia do Porto, onde fiz o meu mergulho. Escolhi a Sea Paradise (mergulho de R$280 à vista ou R$ 300 no cartão) + ensaio fotográfico de R$150,00. (Também farei uma postagem só sobre o mergulho). O que posso adiantar é que foi uma experiência fantástica! Uma das melhores da minha vida. Vale cada centavo. À noite, comi um lanche no hostel mesmo e fomos novamente para o forró do  Bar do Cachorro. 
Mergulho na piscina do Atalaia

5º dia: Eu também tinha trilha marcada para as 11h. Dessa vez, era a do Abreu. Fiquei relutante se faria ou não. Afinal, era meu último dia para aproveitar a ilha e o horário quebrava qualquer roteiro. Como badalei na noite anterior, não consegui acordar cedo. Mesmo assim, fui para a parada de ônibus às 9h, pois queria voltar ao Sancho. No entanto, nada do ônibus passar. Lembrei que as pessoas sempre falaram das caronas de Noronha. Comecei o meu mantra pedindo uma carona. De repente, um buggy parou e ganhei minha carona. Segui para o Sancho. A moça do buggy informou, no entanto, que eu pedisse carona depois que descesse, pois a trilha era longa. Tentei carona, mas não consegui. Andei feito uma condenada para chegar no ponto de apoio do Sancho. Consegui chegar antes dos grupos. Então, consegui aproveitar bastante o mirante. Quando os grupos chegaram, no entanto, tive que disputar os pontos de fotos. Senti falta de alguém para tirar as minhas fotos, pois é uma agonia do povo querendo a melhor pose e os guias só tiram fotos mesmo do povo que está com eles. Consegui fazer ainda algumas fotos ao me oferecer para tirar as fotos do povo. Este foi o primeiro dia do meu roteiro em que o tempo não estava bom e acabou chovendo. Com a chuva, resolvi chamar um táxi para me levar até o Sueste (local de onde sai a trilha do Abreu). No entanto, não havia sinal no meu Tim, e não consegui nenhuma alma caridosa para chamar um táxi para mim. Com isso, acabei pedindo carona para um casal que estava indo embora do Sancho também. Eu disse que ia para o Sueste e, coincidentemente, eles também iam para lá. Ao chegar ao Sueste, tentei me comunicar com a minha amiga, mas não consegui. Esperei até o horário da saída da trilha e como ela não chegava, resolvi começar a trilha, pois ela já podia ter começado. Só havia lama no caminho. Não tem ponto de apoio no início da Trilha do Abreu e você se sente perdido numa ilha deserta, literalmente. Depois de muito andar, de acabar meu tênis na lama e de quase desistir, apareceu uma casa no caminho (cheia de porcos e sucatas). Chamei pelo dono até ele me atender. Perguntei como fazia para chegar à trilha do Abreu e ele disse que eu estava no caminho certo, mas ainda ia andar muito. Segui, em frente, na esperança de encontrar a minha amiga. Fiz toda a trilha sozinha até a parte de descer pela corda. Nessa hora, pensei em desistir. Quando menos espero, minha amiga chegou e me encorajou a descer. Fizemos a trilha, contemplamos a natureza, tiramos lindas fotos e voltamos. Sofri nesse dia. No final, fomos almoçar no Flamboyant e, de lá, fomos ao Bar do Meio para ver o por-do-sol. O Bar do Meio é lindo, badalado e muito caro. No entanto, vale a pena dar uma passada por lá. À noite, lanchei no hostel e, de lá, fui com o povo para o reggae no Duda Rei. É uma festa fantástica! Você não paga entrada e é tipo um luau na praia. Eu ficaria até mais tarde, mas as meninas do hostel resolveram ir embora e fiquei com medo de não ter companhia para seguir. Eu estava morta e resolvi pegar um táxi para o hostel. As meninas concordaram e fomos juntas.
Eu, sozinha, fazendo a Trilha do Abreu

Porquinhos nada dóceis na Trilha do Abreu

No dia seguinte, fiquei esperando o transfer da Primeiríssima e fui para o aeroporto. Foi mais ou menos assim a minha experiência em Noronha. Vou tentar explicar melhor alguns pontos em outras postagens! 


Fazer ou não Ilha tour em Noronha?

Uma pergunta muito comum quando se fala sobre a viagem a Noronha é fazer ou não o Ilha tour. Há quem diga que o programa é indispensável e há quem diga que é perda de tempo e de dinheiro. 
Fiquei com muita dúvida sobre esse passeio antes de fazer a minha viagem. Afinal, fui com o orçamento limitado e precisava tomar decisões assertivas a respeito dos meus gastos. 

Deixei para fechar os meus passeios somente em Noronha, apesar de ter pesquisado bastante antes e já ter algumas agências recomendadas. Não vi nenhuma agência que as pessoas não indiquem da ilha. Há as que são mais famosas e têm um transporte diferenciado e cobram mais caro e há as que são mais populares e cobram mais barato. Inclusive, os guias (creio que a maior parte) não são fixos de uma agência, como contou o meu guia do Ilha Tour. Fechei com a Primeiríssima e, no dia anterior, ele havia guiado um grupo da Atalaia (agência mais cara e badalada de Noronha). Pela agência que fechei, o passeio era composto por um grupo de 10 pessoas num carro 4 x 4 adaptado, transportando seis pessoas na parte externa e quatro na parte interna.

O passeio começa por volta das 8h da manhã e a agência foi bem pontual nesse dia. Ela passa nas pousadas e depois se dirige ao Mirante do Sancho (nossa primeira parada). Lá, temos um ponto de apoio (para compra de comidas, água e ida ao banheiro). Depois, você começa a ver as paisagens mais famosas de Noronha e entende porque você está num lugar tão especial. Você faz uma pequena trilha numa passarela de madeira e curte os melhores pontos para fotografias. 



Após isso, o grupo desce na famosa escadinha do Sancho. Há fila e horários para descer e para subir. A descida na parte da escada de ferro não é tão ruim e dá para ser feita sem medos. A parte que vem depois é pior. Ao descer, o grupo é liberado para mergulho (não há a obrigação de uso de colete). Depois, conhecemos a Praia do Leão e paramos para almoço. Depois, fomos ao museu do Tubarão, ao Sueste, à Baía dos Porcos (lugar mais mágico de Noronha para mim) e encerramos com um por-do-sol no Fortinho do Boldró. Após o por-do-sol, todo mundo volta para o carro e o guia sai deixando nas pousadas. 

Pelo que vivenciei, ouvi de outras pessoas e li nos relatos, vou colocar um "vantagens e desvantagens" de cada opção:

Ilha tour em grupo:



Vantagens:
- O preço. A Primeiríssima cobra R$ 200,00 por pessoa, mas oferece descontos se você fechar mais de um passeio;
- O guia para tirar as suas fotos. Os guias são experts em fotos e vão te colocar nas melhores posições para fotos;
- A comodidade de não andar muito entre os destinos nem ficar esperando por horas o ônibus da ilha; 
- Conhecer pessoas legais.

Desvantagens:
- Você tem pouco tempo para tirar as suas fotos, pois você está num grupo grande;
- Você vai dividir as atrações com outros grupos, pois as agências seguem - basicamente - o mesmo roteiro;
- A possibilidade de ter pessoas chatas no seu grupo. No meu, havia uma menina que queria monopolizar o guia. Ela, inclusive, levou vários looks para ficar trocando nas fotos dela. 

Indicado para:

a) Quem não quer gastar muito;
b) Quem tem pouco tempo e quer conhecer um pouquinho de tudo; 

Após o Ilha tour coletivo, você pode voltar sozinho aos pontos turísticos que você mais gostou. 

Ilha tour individual:

Vantagens: 
- O guia só para você. Isso significa mais fotos!
- Vocês podem alternar o horário da visitação nas atrações turísticas e fugir dos grupos. Assim, você pode aproveitar com mais calma cada lugarzinho da ilha. 

Desvantagem:
- Praticamente, o custo. Esse tipo de serviço exclusivo não sai por menos de R$ 700,00. Além disso, alguns guias cobram pelas fotos à parte. 

Não fazer o Ilha tour:

Vantagens: 
- Economizar uma grana;
- Escolher os locais que você quer visitar;
- Fugir dos horários mais lotados;
- Ficar o tempo que quiser em cada atração. 

Desvantagens: 
- Você vai andar muito a pé! Muito mesmo...
- Os ônibus na ilha demoram bastante...
- Se você alugar um buggy, você terá um custo altíssimo, pois o aluguel sai caro e a gasolina também. 
- Não ter o guia para te contar a história de Noronha. Sim, isso faz falta!

Depois dos prós e contras, avalie a melhor opção para você e curta Noronha! 


sábado, 22 de junho de 2019

Como economizar numa viagem a Fernando de Noronha?

Antes de descrever algumas estratégias que você pode utilizar para economizar numa viagem a Noronha, preciso destacar que - no geral - o destino é bastante caro (de lembrancinhas a refeições). Você até consegue economizar, mas vai gastar uma boa grana para fazer essa viagem. Sendo assim, como otimizar os custos na Ilha?





A minha primeira dica é que você guarde uma grana para viajar a Noronha e, ao invés de escolher uma data, espere que ela te escolha. Com o dinheiro reservado, acompanhe diariamente as promoções de sites como "Melhores Destinos" e " Passagens Imperdíveis". Foi dessa forma que comprei ida e volta (com taxas) de Fortaleza para Noronha por R$520,00. A oferta era para o mês de junho, pouco movimentado por ser um período chuvoso na Ilha e foi divulgada com apenas um mês de antecedência. É o tipo de oportunidade que você precisa comprar sem pensar e depois ver como vai negociar esses dias no trabalho.

Depois das passagens compradas, decidi ficar em hostel (pelo fato de eu ter viajado sozinha e por as pousadas mais baratas em Noronha cobrarem uma média de R$300 por diária). No geral, as opções de hospedagem na localidade são simples, pois estamos falando de uma ilha. Você não vai encontrar grandes resorts com parques aquáticos em Noronha, até porque o fornecimento de água é bastante restrito e o seu uso deve ser feito de forma racional. Assim, o grande atrativo do local são as belezas naturais.

Por abrir mão de um quarto exclusivo, paguei R$385 por cinco noites no "Doce Lar Hostel", o melhor custo-benefício de Noronha. O Doce Lar é fantástico, mas você vai precisar andar um pouco. Há outros hosteis bem localizados e mais caros.

Outro ponto que vai te ajudar bastante a reduzir gastos é você optar por andar a pé, de carona e de ônibus na Ilha, pegando táxi apenas eventualmente.

A última dica (e a que muita gente já deu) é levar sua bebida (depois ver os limites do que pode ser despachado por teor alcoólico) e alguns petiscos para evitar, ao máximo, gastos desnecessários. Particularmente, acho interessante intercalar refeições feitas no hostel com alguns bons restaurantes (para você não perder tanto tempo fazendo a sua comida e também poder experimentar a culinária local). Ah, quanto à água, acho exagero despachar. Lá, na Ilha, você vai encontrar uma garrafa de 1,5L custando de R$6,00 a R$10,00, dependendo do supermercado. A maior parte cobra R$6,00.

Mais para frente, vou fazer uma postagem só sobre refeições.